segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vida, Morte, Mortalidade.

A heroína da postagem
Olá, pessoas.

Estou eu tentando lembrar de onde é uma das melhores citações de Didi (Morte, Teleute etc de Sandman). A citação é a seguinte:

"Vida - e eu não acho que eu seja a primeira a fazer essa comparação - é uma doença: sexualmente transmissivel e invariavelmente fatal.
E eu acho que isso é verdade. Quero dizer, se você não faz sexo, você não faz vida. Mas assim que a coisa chamada vida começa, há uma série de outras coisas às quais você precisa ficar atento.
E é pra isso que eu estou aqui hoje. É para dar informação. Se você prestar atenção, você pode aumentar as suas chances de viver um pouco mais - cinquenta, sessenta anos talvez, se você tiver sorte.".

E eu passo uns três dias tentando lembrar de onde era. Olho aqui, olho ali, olho em todos os meus volumes de Sandman. Aí eu finalmente penso "Seria incrivelmente ridículo se estivesse em um dos números de Morte." E Estava. Está, aliás. Em Morte, o Preço da Vida. E eu fiquei me sentindo incrivelmente ridículo.

Tinha uma citação perfeita em Sinal e Ruído, mas vou evitar falar muito de Sinal e Ruído, já falei demais.
E eu decidi que irei citar outro livro: Clube da Luta.
"A morte vai começar em três, dois.
O luar banha o céu da boca.
Preparar para o último suspiro, já.
Abandonar."

"Eventualmente, a taxa de sobrevivência de todo mundo cairá a zero".

A minha duvida é: em quantos por cento estará a minha taxa de sobrevivência? E a sua?

Esta postagem foi meio que tapa buracos. Tinha umas outras duas ou cinco em mente, mas não tenho clima para fazê-las.
Uma sim, irei fazer.
A outra, farei talvez amanhã. Dependia de algo que deveria estar pronto, mas não está.

E é isso... A cada segundo nos aproximamos do momento de nossa morte... Acho que não disse o quão cansado estou. É bastante.

Bons sonhos, amigos e, por que não, boa morte.

domingo, 18 de setembro de 2011

36 Tzaddikim. Ou seriam 2?

Oi.

Estive pensando há um bom tempo em fazer essa postagem.
E hoje eu peguei meu Fábulas e Reflexões para conferir uma citação e abriu nessa página. "Chamam de acaso..."
Resolvi que era hora de fazer essa postagem.

Em Três Setembros e Um Janeiro, em dado momento, Morte conversa com Joshua Norton sobre os 36 Tzaddikim. E ela diz "Dizem que o mundo se apoia nas costas de 36 santos... 36 homens e mulheres abnegados, por causa deles, o mundo segue existindo. São os reis e rainhas secretos deste mundo.".
Há um bom tempo (quando comecei a planejar essa postagem)  eu pesquisei um pouco sobre isso (li a página da Wikipedia e umas outras duas no Google. Não tenho um exemplar do Torá em casa, mas gostaria) e o que eu entendi é: o Judaismo prega que, a cada geração, ocorrem os 36 Tzaddikim, sendo metade na Terra Santa e 18 no resto do mundo e que se apenas um não existisse, o mundo chegaria a um fim.

E eu achei este conceito extremamente interessante, se um dia eu fundar uma religião, este com certeza estará presente. Mas a religião não é foco da postagem. O foco é: posso nomear com certeza absoluta 2 dos Tzaddikim do meu mundo. Não sei se os outros eu já conheci e não consegui identificar ou se ainda estão por vir. E eu espero poder nomear todos até o fim do meu mundo.

Já parou para pensar sobre os seus? Experimente fazer uma lista com os seus Tzaddikim. Conte quantos dão.

Bons sonhos, amigos.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Fênix...

Oi!

Então, como está a noite?

Tenho refletido um bocado sobre algumas coisas que tem acontecido na minha vida. E esta postagem está intimamente relacionada a essas coisas. Estou dando adeus ao um "Mestre Li".

Tenho andado para cima e para baixo com o meu Despertar.
E a parte que eu mais tenho lido é Exilados.
E tem este trecho. O velho sábio pergunta a Daniel o que foi dito pelo bárbaro. Este responde:
"Omnia mutantur, nihil interit.
'Tudo muda, mas nada se perde realmente.'

Adeus, mestre Li."

Este é o meu memento de hoje, pessoas.

Acho esta música linda. E o clipe achei perfeito. Ou filme. Espero que vocês apreciem.




Bons sonhos...

"Adeus, Mestre Li...

Somente a fênix ascende e não desce. E tudo muda.

E nada se perde realmente."

domingo, 4 de setembro de 2011

Muros, Remendos, Vier Mauern, Geada

Olá, Pessoas!

Eu já escrevi antes sobre o quanto Sinal e Ruído se tornou uma obsessão para mim. Cada página, quadrinho e linha me impressiona.
Robert Frost
(um aposto: tá tocando Here Comes The Sun. É uma boa música. Não sou um grande fã dos Beatles, mas essa é ótima)
E no início de Sinal e Ruído tem três... Não sei bem como descrever, deixemos como "Obras-primas", duas de McKean e uma deles dois (os dois são Gaiman e McKean). E uma delas me levou a Robert Frost.
Eu já tinha lido algumas coisas dele, mais especificamente, já tinha lido uma coisa dele, porque a "volta" de Desejo em Noites Sem Fim se chama "O Que Eu Experimentei de Desejo". É uma linha de "Fogo e Gelo".

Eu resolvi postar um poema de Robert Frost (Muro Remendado) e o Vier Mauern (este vem depois, quero colocar o Sinal, não só o Ruído [sim, eu me divirto um bocado escrevendo essas postagens e fazendo piadas de humor semi-privado :]).

Extraí o poema daqui: http://carva1.wordpress.com/2008/05/27/robert-frost/
Achei esse blog ótimo. A autora me lembrou três pessoas completamente diferentes e similares. Experimentem ler um dia.


Muro Remendado


Quem adivinhar de onde é essa  imagem, ganha um prêmio
Alguma coisa existe que não aprecia o muro,
Que enfia bojos de terra gelada por baixo,
E derrama as pedras superiores ao sol,
E faz buracos onde até dois podem passar abraçados.
O trabalho dos caçadores é outra coisa:
Eu cheguei depois deles e fiz a reparação
Onde não deixaram pedra sobre pedra,
Mas conseguiram pôr a lebre fora do esconderijo,
Para deleitar cães latidores. As brechas, quero dizer,
Ninguém as viu fazer ou as ouviu fazer,
Mas na época primaveril dos arranjos encontramo-as lá,
faço o meu vizinho saber para lá da colina;
E um dia encontramo-nos para percorrer a linha
E assentarmos o muro outra vez entre nós.
Mantemos o muro entre nós enquanto avançamos.
A cada um as pedras que caíram para cada um.
E algumas são formas e outras são tão como bolas
Que temos de usar um feitiço para as equilibrar:
“Fica onde estás até voltarmos as costas!”
Ficamos com os dedos ásperos de as manipular.
Oh, somente outro gênero de jogo ao ar livre,
Um de cada lado. Mas vai mais longe:
Aí onde se encontra, nós não precisamos de muro:
Ele é todo pinheiros e eu sou um pomar de maçãs.
As minhas macieiras nunca atravessarão
Para comer os cones sob os seus pinheiros, digo-lhe eu.
Ele só me diz, “Boas cercas fazem bons vizinhos.”
A primavera instiga-me e pergunto-me
Se lhe posso despertar a razão:
“Porque razão fazem bons vizinhos? Isso não é
Onde existem vacas? Mas aqui não há vacas.
Antes de construir um muro eu inquiriria para saber
O que estaria a incluir ou a excluir,
E a quem era suposto ofender.
Alguma coisa existe que não aprecia o muro,
Que o quer no chão”. Poderia dizer-lhe “duendes”,
Mas não são duendes exactamente, e eu prefiro
Que ele o diga a si próprio. Vejo-o por ali,
A agarrar uma pedra com firmeza pelo topo
Em cada mão, como um antigo selvagem armado de pedras.
Move-se na escuridão e parece-me,
Não apenas a das florestas e a da sombra das árvores.
Ele não irá atrás do dito de seu pai,
Gosta de ter pensado naquilo tão bem

E diz novamente, “Boas cercas fazem bons vizinhos.”




Muro na fazenda de Frost


Em breve postarei mais coisas de Robert Frost.
"Existe alguma coisa que não aprecia o muro." Coloquemos abaixo alguns deles.
Bons sonhos a todos.